Segundo as investigações, diversos sites ligados a parlamentares foram alvos de ataques coordenados. Com isso, as páginas ficaram instáveis e com períodos fora do ar. A PF não divulgou quais parlamentares foram alvos
A Polícia Federal (PF) deflagou uma operação nesta terça-feira, 2, contra uma organização criminosa acusada de promover ataques virtuais a deputados federais que manifestaram apoio ao projeto que equipara aborto a homicídio no Brasil.
Segundo as investigações, diversos sites ligados a parlamentares foram alvos de ataques coordenados. Com isso, as páginas ficaram instáveis e com períodos fora do ar, o que atingiu a comunicação institucional e atuação legislativa. A PF não informou oficialmente quem foram os parlamentares pelos ataques.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A operação também teve parceria estrangeira por meio de cooperação jurídica internacional.
Projeto de Lei
Um requerimento foi aprovado de última hora em junho do ano passado para equiparar aborto a homicídio após a 22ª semana de gestação. Tudo isso aconteceu em 23 segundos, tempo em que os parlamentares decidiram que o texto deveria passar direto para votação em plenário, sem análise de comissão, como é o rito tradicional.
No Brasil, o aborto só é permitido em três situações:
- se a gravidez for resultante de um estupro;
- se colocar a vida da mãe em risco;
- ou se o feto for anencéfalo.
Nessas situações, o aborto é legal e não existe na lei qualquer limite de tempo de gestação. Fora esses casos, o aborto não é permitido e é considerado crime.
Após intensa pressão popular, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP), disse que o debate seria mais aprofundado em uma comissão parlamentar específica sobre o tema. O atual presidente, Hugo Motta (Republicanos), não deu seguimento às discussões sobre o texto.
Fonte: Jornal Opção
Por: João Paulo Alexandre

